segunda-feira, 6 de julho de 2009

Conversar...converso... conversa... conversemos então!

Conversar...

De facto, agora que este primeiro ciclo do Conversar a Escola terminou, faço o balanço e começo por dizer que fui uma priviligiada!

Primeiro, porque consegui estar em todas as sessões.

Segundo, porque tive a oportunidade de fazer parte do grupo dinamizador.

Terceiro, porque presenciei e partilhei uma dinâmica muito simples, que partiu e assentou nesta premissa tranquila: há de certeza um grupo de gente para quem conversar é fundamental, vital, prazeroso e gratificante, constituindo-se assim numa contracorrente de 1 hora de "navegação mensal". Por águas tranquilas.

Não porque não tivesse havido questões e pontos de vista divergentes, mas porque de facto o clima era o de conversar, trocar, enriquecer tranquilamente com a experiência de cada um.
Mas claramente em contracorrente: porque 1 vez por mês, das 9h às 10h da noite, um "punhadinho de gente" optava, escolhia: não ficar em frente à televisão, não desistir de sair de casa ao final de uma semana de trabalho (sim, porque o Conversar foi sempre às sextas-feiras), não desvalorizar um encontro "que aparentemente não serve para nada" - não dá créditos de formação, não é uma reunião de serviço, não é uma reunião de pais, não é uma conferência importante para o currículo...

Fazer parte do grupo dinamizador foi também algo de inesquecível: sonhar uma ideia e trabalhar para a concretizar é, de facto, fantástico! E, a cada sessão, ter a emoção de ver chegar, um a um, dois a dois, todos aqueles que se foram juntando a esta ideia e, mensalmente, apareceram porque Conversar a Escola lhes fazia sentido, foi sempre um momento muito especial e comovente para mim e que quero aqui partilhar!

Depois de tudo o que escrevi, acho que já não preciso de explicar porque é que para mim foi importante ter conseguido estar em todas as sessões!

Gostei. Muito. Espero sinceramente que não tenha sido o fim.

E, já agora, Boas Férias para todos!

Ana França

domingo, 28 de junho de 2009

5ª Sessão

Sexta-feira, 26 de Junho de 2009, 21h
Conta-me histórias, contas?...
Liliana Lima

Mais uma noite, a última noite do "Conversar a Escola das 9 às 10" e nada melhor do que terminar como começámos: com histórias.
A Liliana Lima trouxe-nos a surpresa de Conversar sobre as "estórias".
As nossas, as dos livros, a das crianças, as das coisas...
Ao longo de mais de uma hora (com a autorização de todos os presentes!) "voámos" sobre o fascínio das histórias, dos livros, das muitas "estórias" que cada história dos conta.
Cada história desperta em cada um de nós (a quem conta, a quem lê, a quem ouve...) uma multiplicidade de sentimentos e sensações que motivam uma mudança. Esta mudança, que parte do entendimento que fazemos da história, é, ela própria, motivadora da alteração do nosso rumo pessoal e individual.
O efeito que cada história tem sobre nós é diferente e difere da forma, do momento, do tempo em que somos seus protagonistas ou apenas ouvintes que a ouvem, a lêem, a sentem....
Sabendo que cada história tem "mil leituras", é fundamental perceber como é que cada um dos nós (pais, educadores, leitores, profissionais...) pode e deve interagir com as histórias e com as leituras.
Será que a leitura de um livro deve ser "tipificada"? Será que devemos ler livros sempre da mesma forma? Será que devemos escolher os livros que lemos tendo apenas em conta as nossas "crenças"?
Para estas e outras perguntas que foram surgindo, a reflexão de todos foi contribuindo para enriquecer as dinâmicas de partilha que foi o mote do projecto "Conversar a Escola...". E, mais uma vez aqui, tal objectivo se cumpriu.
Com exemplos práticos de recursos e dinâmicas de organização de momentos de leitura e de promoção das histórias, a Liliana Lima levou-nos por "aventuras" de compreensão e de exploração de textos escritos, mas, acima de tudo, de textos entendidos e/ou para entender.
Cada história é um momento único de apresentação de quem somos, de quem queremos ser e de quem gostariamos de ser. Mas, acima de tudo, cada história é o que cada um de nós é.
E compreender isso é fundamental para compreender o que as histórias podem fazer por cada um de nós...
"Conversar a Escola" é, também isto: compreender o nosso papel na relação com as instituições e com a suas "histórias".

terça-feira, 16 de junho de 2009

domingo, 3 de maio de 2009

4ª Sessão

Nutrição infantil
Alice Campeão e Elisabete Capucho - Centro de Saúde de Mafra
Sexta-feira, 29 de Maio de 2009, 21h


Eis que chegou o dia de falarmos sobre Nutrição Infantil.
As enfermeiras do Centro de Saúde de Mafra, Alice Campeão e Elisabete Capucho, trouxeram-nos alguns "avisos" que é fundamental ter em conta.

Numa sessão que se iniciou com uma dinâmica diferente, foram os participantes quem "iniciou" o debate, ao serem confrontados com a necessidade de, eles próprios, completarem uma "Roda dos Alimentos" e falou-se de quase tudo: Alimentação Saudável, Exercício Físico, Saúde Oral, Doenças da Infância...

Após alguns minutos de agitação e de acção, para construir uma Roda dos Alimentos (com resultados brilhantes, diga-se!), voltámos aos nossos lugares para, com base nessa experiência "interactiva", iniciarmos a reflexão sobre a situação das nossas crianças e jovens, no que às dietas alimentares (e por consequência à sua saúde física e emocional) diz respeito.

Com base em informação pertinente e também em alguns estudos recentemente desenvolvidos (um deles diz respeito ao levantamento feito por alunos da Escola Superior de Saúde, quanto à obesidadse das crianças e jovens do concelho), foram apresentadas algumas questões que urge reflectir: Portugal ocupa o segundo lugar na taxa de países europeus com maior índice de Obesidade Infantil; a Obesidade Infantil é uma doença crónica que, além das consequências na saúde (cardíacas, patológicas, etc.), produz elevados níveis de ansiedade, fraca auto-estima e, acima de tudo, contribui para piores resultados académicos e, por último, ficou também evidente a necessidade de olharmos para esta informação como informação de primeira prioridade, dados os efeitos e consequências que esta doença crónica tem, também, nos custos que o país tem com a saúde. Segundo alguns dos dados, Portugal, em 2025, apresentará números próximos de 30% no que à Obesidade Infantil se refere.

Ao longo da hora (e meia) em que se falou de alimentação, obesidade, doenças e até de higiene oral, foi grato o prazer de tomar consciência de que apenas num esforço conjunto (Famílias, Escola, Comunidade) se poderá trabalhar para debelar esta preocupante situação que se nos apresenta presentemente e que, perante os estudos, tem tendência a agravar-se.

Mas foi sobretudo grato o prazer de, numa sessão dinâmica, termos tido a oportunidade de conviver, mais uma vez, à volta de temáticas que nos unem e que também nos parecem, à primeira vista, desunir-nos. Através de reflexões partilhadas e análise crítica, bem como experiências partilhadas, lá vamos tomando consciência que, individulamente, pouco ou nada sabemos sobre qualquer coisa, e que só neste esforço conjunto de nos juntarmos para conversar é possível encetarmos práticas que façam, efectivamente, a diferença.

Se, por exemplo, e como foi referido, a principal refeição que não deve ser preterida é o Pequeno-Almoço, e se, como também foi referido, existem famílias que, por várias razões, descuram esse momento, é fundamental que a Escola possa também contribuir para esclarecer e informar sobre isso, mas, em nenhum momento, se deve substituir à família. Neste pressuposto, caberá também às famílias uma consciencialização efectiva dos problemas e precalços que podem advir de práticas menos correctas.

Ou seja, como alguém afirmou: "todos temos de fazer o 'mea culpa'. Não podemos é deixar a situação como está!".

E, nesta ideia, mais uma vez coube ao "Conversar a Escola" o desejo e a vontade de envolver e reunir todos aqueles que querem, efectivamente, dar as mãos em torno de um esforço conjunto: a Saúde Física, Mental e Emocional das crianças e jovens de hoje, adultos de amanhã!
Para o mês que vem, há mais!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Internet (+) segura!

Na 3ª sessão do "Conversar a Escola, das 9 às 10" o Nuno Pinto referiu alguns "sites" da internet onde é possível encontrar alguma informação útil e ferramentas para nos ajudarem a tornar a internet mais segura. Aqui ficam alguns deles:

E também alguns "filtros" que podem a judar a uma "navegação familiar" mais segura (clique sobre os títulos):

Na "Wikipédia";
O "K9" (em inglês) e o
"SafeFamilies" (também em inglês).

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Internet. O que saber?

Nuno Pinto, Polícia Judiciária
Sexta-feira, 24 de Abril de 2009, 21h

“Crianças do Séc. XXI e a Internet, um desafio para os Pais”
De certeza que não deixaria o seu filho sozinho da Praça do Rossio em Lisboa. Os perigos, as múltiplas possibilidades de distracção e as enormes motivações que ele encontraria poderiam assustá-lo a ele e a si.

Porque então deixá-lo sozinho em frente ao ecrã do computador?

Com base nos perigos mais preocupantes no que se refere à utilização da Internet, na perspectiva da Polícia Judiciária, Nuno Pinto veio até à Junta de Freguesia do Milharado propor-nos algumas reflexões sobre o que fazer, como fazer e porque fazer...

Num ambiente (mais uma vez) descontraído e despreocupado, lá nos juntámos para reflectir em conjunto algumas daquelas ideias que nos assustam e, muitas vezes, nos fazem tomar decisões erradas.Proibir, temer, castigar?...

Através de uma apresentação em que falámos de perigos, de sugestões de comportamento, de análise de dados, ficou evidente que, também na Internet e no seu espaço, o que interessa realmente é que exista Educação. Começámos, assim, a substituir o “proibir, temer, castigar?...” por “conversar, conhecer, acompanhar…”

Educação e formação. Formação de pessoas críticas, preparadas, capazes de reflectir por si...
Mais uma vez se confirmou que se trata de um caminho, que se inicia precocemente e que se edifica passo a passo. Educação porque, como referido, o espaço tecnológico não é muito diferente do espaço social: apenas o amplifica e diversifica exponencialmente!

E se nós não nos demitimos de dizer aos nossos filhos e educandos que "não devem aceitar doces de estranhos", então também não nos devemos demitir de lhes dizer que não devem acreditar em tudo o que se passa na Internet.

Mais uma vez esteve em foco a necessidade de pais e educadores se juntarem numa perspectiva educativa coerente e reflectida, que reduza o espaço de incongruência que possa levar os filhos e os alunos a tomarem decisões erradas e impensadas.

A escola tem de falar com os pais e as famílias e vice-versa. E as famílias, os pais, todos têm também de aprender a falar entre si, num processo de apoio e entreajuda mútuos. Já alguém dizia que “para se educar uma criança é necessária uma aldeia inteira”… de facto, as nossas sociedades estão a ficar demasiadamente individualistas, e perdemos todos com isso…

É nos hiatos e nos espaços em branco que surgem as questões complexas. De que serve ter, em casa, todos os cuidados e garantias, se a escola ou o vizinho não as tem?
Há formas mais seguras de nos protegermos na utilização deste excelente meio de comunicação e informação – a Internet – e isso não dispensa um acompanhamento presente e preocupado.

E porque recusar "aprender também"? Apesar da natural apetência e habilidade das crianças e jovens para a aprendizagem tecnológica, também os pais e professores o podem fazer naturalmente.
E podem fazê-lo em conjunto. A começar pela localização do computador, ou da TV, no espaço da casa… será mesmo necessário, ou benéfico, que cada um tenha que ter o “seu” equipamento no seu quarto? Estas e muitas outras questões práticas foram calma e abertamente equacionadas e reflectidas por todos, conscientes de que é assim que se constrói o respeito e a responsabilidade.
Para o mês que vem há mais.
Junte-se a nós!

Textos e Apresentações

Sempre que possível iremos disponibilizando os textos e as apresentações das sessões. Pode consultar, a seguir, a apresentação em PowerPoint da Psicóloga Filipa Simões, na 2ª sessão do "Conversar a Escola, das 9 às 10!"