domingo, 3 de maio de 2009

4ª Sessão

Nutrição infantil
Alice Campeão e Elisabete Capucho - Centro de Saúde de Mafra
Sexta-feira, 29 de Maio de 2009, 21h


Eis que chegou o dia de falarmos sobre Nutrição Infantil.
As enfermeiras do Centro de Saúde de Mafra, Alice Campeão e Elisabete Capucho, trouxeram-nos alguns "avisos" que é fundamental ter em conta.

Numa sessão que se iniciou com uma dinâmica diferente, foram os participantes quem "iniciou" o debate, ao serem confrontados com a necessidade de, eles próprios, completarem uma "Roda dos Alimentos" e falou-se de quase tudo: Alimentação Saudável, Exercício Físico, Saúde Oral, Doenças da Infância...

Após alguns minutos de agitação e de acção, para construir uma Roda dos Alimentos (com resultados brilhantes, diga-se!), voltámos aos nossos lugares para, com base nessa experiência "interactiva", iniciarmos a reflexão sobre a situação das nossas crianças e jovens, no que às dietas alimentares (e por consequência à sua saúde física e emocional) diz respeito.

Com base em informação pertinente e também em alguns estudos recentemente desenvolvidos (um deles diz respeito ao levantamento feito por alunos da Escola Superior de Saúde, quanto à obesidadse das crianças e jovens do concelho), foram apresentadas algumas questões que urge reflectir: Portugal ocupa o segundo lugar na taxa de países europeus com maior índice de Obesidade Infantil; a Obesidade Infantil é uma doença crónica que, além das consequências na saúde (cardíacas, patológicas, etc.), produz elevados níveis de ansiedade, fraca auto-estima e, acima de tudo, contribui para piores resultados académicos e, por último, ficou também evidente a necessidade de olharmos para esta informação como informação de primeira prioridade, dados os efeitos e consequências que esta doença crónica tem, também, nos custos que o país tem com a saúde. Segundo alguns dos dados, Portugal, em 2025, apresentará números próximos de 30% no que à Obesidade Infantil se refere.

Ao longo da hora (e meia) em que se falou de alimentação, obesidade, doenças e até de higiene oral, foi grato o prazer de tomar consciência de que apenas num esforço conjunto (Famílias, Escola, Comunidade) se poderá trabalhar para debelar esta preocupante situação que se nos apresenta presentemente e que, perante os estudos, tem tendência a agravar-se.

Mas foi sobretudo grato o prazer de, numa sessão dinâmica, termos tido a oportunidade de conviver, mais uma vez, à volta de temáticas que nos unem e que também nos parecem, à primeira vista, desunir-nos. Através de reflexões partilhadas e análise crítica, bem como experiências partilhadas, lá vamos tomando consciência que, individulamente, pouco ou nada sabemos sobre qualquer coisa, e que só neste esforço conjunto de nos juntarmos para conversar é possível encetarmos práticas que façam, efectivamente, a diferença.

Se, por exemplo, e como foi referido, a principal refeição que não deve ser preterida é o Pequeno-Almoço, e se, como também foi referido, existem famílias que, por várias razões, descuram esse momento, é fundamental que a Escola possa também contribuir para esclarecer e informar sobre isso, mas, em nenhum momento, se deve substituir à família. Neste pressuposto, caberá também às famílias uma consciencialização efectiva dos problemas e precalços que podem advir de práticas menos correctas.

Ou seja, como alguém afirmou: "todos temos de fazer o 'mea culpa'. Não podemos é deixar a situação como está!".

E, nesta ideia, mais uma vez coube ao "Conversar a Escola" o desejo e a vontade de envolver e reunir todos aqueles que querem, efectivamente, dar as mãos em torno de um esforço conjunto: a Saúde Física, Mental e Emocional das crianças e jovens de hoje, adultos de amanhã!
Para o mês que vem, há mais!

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