segunda-feira, 6 de abril de 2009

Internet. O que saber?

Nuno Pinto, Polícia Judiciária
Sexta-feira, 24 de Abril de 2009, 21h

“Crianças do Séc. XXI e a Internet, um desafio para os Pais”
De certeza que não deixaria o seu filho sozinho da Praça do Rossio em Lisboa. Os perigos, as múltiplas possibilidades de distracção e as enormes motivações que ele encontraria poderiam assustá-lo a ele e a si.

Porque então deixá-lo sozinho em frente ao ecrã do computador?

Com base nos perigos mais preocupantes no que se refere à utilização da Internet, na perspectiva da Polícia Judiciária, Nuno Pinto veio até à Junta de Freguesia do Milharado propor-nos algumas reflexões sobre o que fazer, como fazer e porque fazer...

Num ambiente (mais uma vez) descontraído e despreocupado, lá nos juntámos para reflectir em conjunto algumas daquelas ideias que nos assustam e, muitas vezes, nos fazem tomar decisões erradas.Proibir, temer, castigar?...

Através de uma apresentação em que falámos de perigos, de sugestões de comportamento, de análise de dados, ficou evidente que, também na Internet e no seu espaço, o que interessa realmente é que exista Educação. Começámos, assim, a substituir o “proibir, temer, castigar?...” por “conversar, conhecer, acompanhar…”

Educação e formação. Formação de pessoas críticas, preparadas, capazes de reflectir por si...
Mais uma vez se confirmou que se trata de um caminho, que se inicia precocemente e que se edifica passo a passo. Educação porque, como referido, o espaço tecnológico não é muito diferente do espaço social: apenas o amplifica e diversifica exponencialmente!

E se nós não nos demitimos de dizer aos nossos filhos e educandos que "não devem aceitar doces de estranhos", então também não nos devemos demitir de lhes dizer que não devem acreditar em tudo o que se passa na Internet.

Mais uma vez esteve em foco a necessidade de pais e educadores se juntarem numa perspectiva educativa coerente e reflectida, que reduza o espaço de incongruência que possa levar os filhos e os alunos a tomarem decisões erradas e impensadas.

A escola tem de falar com os pais e as famílias e vice-versa. E as famílias, os pais, todos têm também de aprender a falar entre si, num processo de apoio e entreajuda mútuos. Já alguém dizia que “para se educar uma criança é necessária uma aldeia inteira”… de facto, as nossas sociedades estão a ficar demasiadamente individualistas, e perdemos todos com isso…

É nos hiatos e nos espaços em branco que surgem as questões complexas. De que serve ter, em casa, todos os cuidados e garantias, se a escola ou o vizinho não as tem?
Há formas mais seguras de nos protegermos na utilização deste excelente meio de comunicação e informação – a Internet – e isso não dispensa um acompanhamento presente e preocupado.

E porque recusar "aprender também"? Apesar da natural apetência e habilidade das crianças e jovens para a aprendizagem tecnológica, também os pais e professores o podem fazer naturalmente.
E podem fazê-lo em conjunto. A começar pela localização do computador, ou da TV, no espaço da casa… será mesmo necessário, ou benéfico, que cada um tenha que ter o “seu” equipamento no seu quarto? Estas e muitas outras questões práticas foram calma e abertamente equacionadas e reflectidas por todos, conscientes de que é assim que se constrói o respeito e a responsabilidade.
Para o mês que vem há mais.
Junte-se a nós!

1 comentário:

  1. Estive presente nesta sessão e de facto há muito que "aprender" e "ensinar" sobre a Internet para que ela se torne uma ferramenta de trabalho ou de diversão segura, não só para as crianças mas também para nós "adultos".
    A maior certeza com que fiquei é que para podermos estar "protegidos" temos que estar continuamente informados. Aprender, em cada dia que passa, e acompanhar os nossos filhos. Este é o truque é fundamental e absolutamente indispensável: Estar com eles, aprender e experimentar...
    Gostei muito, também, da atitude descontraída e simpática do moderador, não deixando ao mesmo tempo de abordar com seriedade e responsabilidade os vários percursos da sessão.
    Muito Bom Trabalho!

    Até Breve!

    Raquel Vilar

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